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O Perfil da Autora


A Profa. Maria Ceres Rodrigues Murad é graduada em Pedagogia pela Universidade Federal do Maranhão (1979), com habilitação em Orientação Educacional.

Especializou-se em Psicologia Social e concluiu o seu Mestrado em Educação Básica (1996), apresentando a dissertação "Pais Parceiros no Processo e Aprendizagem da Leitura".

É Doutora em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2007), tendo apresentado a tese “A ópera como mediador no processo de aprendizagem e desenvolvimento de crianças de baixa renda cursando a 1ª série do ensino fundamental: uma perspectiva vigotskiana”.

Lecionou na Universidade Federal do Maranhão, durante quinze anos, a disciplina Psicologia da Educação.

Trabalhou no Colégio Dom Bosco. Em 2001, tornou-se Diretora Acadêmica da Unidade de Ensino Superior.
Dom Bosco da mesma instituição, onde ingressou em 1974, como assistente pedagógica realizando um trabalho dedicado à educação de crianças, com especial interesse na aprendizagem da leitura e da escrita.
Ainda na escola, dirigiu os Departamentos de Artes e Língua Escrita, através dos quais realizou uma série de projetos, explorando a interdisciplinaridade entre as artes plásticas e as áreas de linguagem e informática.

Publicou, em 1989, o livro didático Pedra da Memória, de História e Geografia para crianças, e em 1999, trabalho Terra, Cultura e Tempo Futuro, em três volumes, este em parceria com Raíssa Murad, envolvendo as mesmas disciplinas, e voltados para a escolaridade de 1ª a 4ª séries do Ensino Fundamental.

Em 2000, publicou o artigo Parents as reading Tutors for First Graders nas revista School Psychology International, editada em Londres, Inglaterra, em parceria com o Professor Keith Topping, do Departamento de Psicologia da Universidade de Dundee, na Escócia. O artigo traz a experiência realizada pela Professora Ceres no Colégio Dom Bosco, utilizando a parceria dos pais para desenvolver as habilidades de leitura em crianças no período de alfabetização.

A larga experiência da Professora no trabalho com crianças e seu interesse pela alfabetização fizeram florescer o Projeto Ópera para Todos, criado por ela em 1997 no Colégio Dom Bosco, utilizando óperas para alfabetizar.

Esse trabalho produziu as publicações “Turandot”, com texto adaptado para crianças e fotos do espetáculo encenado no Colégio Dom Bosco, em 2000, com 90 crianças de seis anos de idade, pela Ediouro; “Trabalhando ópera com crianças”, para professores, também pela Ediouro e a “Ópera na escola – uma experiência de Aprendizagem”, fruto da sua tese de doutorado, publicado pela Editora Senac-SP.



Uma vida dedicada à educação e às artes.
Educadora por formação e de coração, Ceres Murad vem de uma família dedicada à educação. Diretora do Colégio Dom Bosco, ela é autora de um projeto que foi pioneiro no país e detentor da comenda federal “Prêmio Darcy Ribeiro de Educação”, o projeto “Ópera para Todo”, que não para de crescer e neste ano, em sua 17ª edição, chegou a escolas da rede municipal com o patrocínio da Cemar, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

Criado em 1997, no Colégio Dom Bosco, como um projeto de artes das classes de alfabetização, esta metodologia especial utiliza a ópera como porta de entrada para a aprendizagem da leitura e escrita, potencializando o pleno e rico desenvolvimento das crianças.

Foi encenada na Praça Maria Aragão a montagem da ópera Aída, uma releitura do clássico de Verdi, com adaptação e direção de Ceres Murad com um amplo elenco infantil, composto por alunos de todas as escolas municipais reunidas no projeto, além de alunos do Dom Bosco. Mais que um ato cultural, o evento é mais um fruto plantado pela educadora Ceres Murad. Conheça o perfil desta educadora que se dedica em prol da revolução na alfabetização de qualidade no Brasil.

Quem é Ceres Murad?
Sou professora, minha profissão, minha identidade e minha paixão. Fiz de tudo nessa profissão, da administração ao ensino universitário, mas o que amo mesmo é trabalhar com crianças, entender como elas aprendem, vê-las deslumbrarem-se com o conhecimento de coisas novas e emocionarem-se com a arte. Foi por isso que criei o Projeto Ópera para Todos.

Quem é a profissional Ceres Murad?
Profissional é quem se prepara para melhorar o mundo revertendo ao outro aquilo que aprendeu. Na minha profissão, acho que o máximo é fazer isso com as crianças e, em especial, levar o Projeto Ópera para Todos aos alunos de escolas da rede pública.

A formação
Quando me entendi por gente, minha mãe já tinha o Colégio Dom Bosco. A minha escolha profissional se deve talvez ao entusiasmo dela com o trabalho. O sucesso para mim é o prazer que essa profissão tem me proporcionado ao longo do tempo. Trabalhar incessantemente, sem temer novos desafios, rompendo barreiras para obter os resultados que se almeja é um projeto de vida, mais que uma profissão. Só posso agradecer por tudo isso.

Os desafios
Fazer pensar. Lutar contra a padronização, a resposta pronta, as frases feitas. Isso é mais complexo hoje com a universalização da informação. O desafio é fazer o aluno pensar e produzir o que não está no Google.

Atribuições
Tem que ter paixão. Se o olho não brilha quando você está na sala de aula, você está na profissão errada. E tem que ter sonho, pensar no futuro que você deseja para essas crianças e arregaçar as mangas para dar-lhes as condições de que precisam para serem cidadãos e gente de primeira qualidade, que pensa, sente e tem direito à vida.

O Projeto Ópera para Todos
O Projeto Ópera teve início em 1997, há 17 anos, quando eu buscava materiais de boa qualidade para a alfabetização das crianças do Dom Bosco. Na época, nós já trabalhávamos intensamente com artes na educação infantil, até que pensei: literatura com música, dança, e teatro é ópera – perfeito para alfabetizar, porque essa áreas se misturam em um todo que faz sentido e envolve emocionalmente as crianças. A qualidade da alfabetização se multiplica quando a criança sente o que está escrevendo. Em 2000, levei o Projeto Ópera para as crianças do Instituto Áurea Faria, no bairro da Divinéia. A resposta delas foi uma revelação, o nível de leitura e escrita que atingiram foi fantástico. Então, eu o batizei de “Projeto Ópera para Todos”.

Em São Luís
Meu sítio, nos arredores de São José de Ribamar. Ficar junto do mar e do mato é vital para a minha sobrevivência.

Rotina X Vida Pessoal
Durante o dia me envolvo em projetos especiais na escola, em formação de professores, principalmente. Lá se dá o treinamento das professoras que atuam no Projeto Ópera. À noite estou na UNDB, focada na parte acadêmica – trabalhar com professores é minha especialidade.

Viagens de destinos
Gosto de lugares que preservam a história do seu povo – a Itália eu diria que nesse ponto é imbatível. Aprendi muito viajando, tanto para fazer cursos, como para conhecer lugares novos. Meu marido partilha comigo desse hobby. Na verdade, a gente viaja não apena para conhecer outras pessoas e lugares, mas para conhecer a nós mesmos. Ao contemplar aquilo que não somos e não temos, acabamos por descobrir quem somos e o que temos. É um mergulho na própria identidade.

Para cuidar da saúde
Para mim, cuidar da saúde é procurar fazer coisas relaxantes. Sou muito ativa e o estresse vive à ronda. Faço caminhadas e esteira. Procuro não comer bobagens, mas não resisto a um doce.

Existe receita para o sucesso?
Tudo aquilo que você fizer sem perceber o esforço que faz para realizar, você fará bem feito e terá sucesso.

Existe algum sonho que você ainda não realizou?
Sonho em ver todas as crianças brasileiras lendo com clareza e escrevendo com alma e competência o que pensam e sentem no primeiro ano da escola. Sem esse pontapé inicial, a vida sai capenga e o atraso fica difícil de ser compensado.

Aprendizado
Só há vida onde há amor puro. Talvez por isso eu tenha dedicado tanto tempo a trabalhar com crianças.